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cristianoumberto
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Lula: O Filho do Brasil (2009)
Eleitoreiro ou não, como cinema, o filme funciona muito bem.
Depois de um belo prólogo, Fábio Barreto nos entrega um filme emocionante, que engrandece os sentimentos dos personagens e faz surgir na tela a epopéia de um herói, de um homem de caráter inquestionável. O roteiro sofre do mesmo mal que outros filme biográficos que é isentar o protagonista de determinadas atitudes para evitar julgamentos do espectador a seu respeito. Então ele vai seguindo com a corrente. O mesmo acontece em BENJAMIM BUTTON. Aqui, até o envolvimento do personagem com o sindicato, Lula é o bom moço, sem maiores ambições, poucas atitudes. O roteiro também segue a estrutura do picote. É um emaranhado de momentos marcantes da vida do biografado que mostram o quanto ele sofreu pra chegar onde está. Fábio Barreto está inspirado e consegue cenas maravilhosas como a saída da família do sertão e o discurso de Lula para mais de 100 mil pessoas num estádio de futebol. Ainda com uma trilha bela e forte, as cenas adquirem um conteúdo mais dramático. As interpretações são um caso a parte. Todo o elenco está perfeito, sem exceções. Rui Ricardo Dias, faz sua estreia com garra num papel forte e de uma semelhança com o Lula real, assombrosa. Gloria Pires está deslumbrante como Dona Lindu e Milhem Cortaz, em pequena participação, deixa sua marca conosco durante muito tempo. Eleitoreiro ou não, como cinema, o filme funciona muito bem.
Die Hard (1988)
É um filme que dever ser visto
Demorei pra assistir esse clássico do cinema de ação. Mas a espera compensou. Realmente, após o término do filme, dá pra entender porque ele virou todo esse sucesso. É um filmaço de ação e uma comédia muito engraçada. Tem um vilão memorável e coadjuvantes excelentes. John Mactiernan em excelente forma garante cenas de ação tensas e precisas, no ritmo certo. Além de tudo, são criativas e com a ajuda de ótimos efeitos especiais, muito convincentes. O diretor consegue o equilíbrio entre o cômico e o suspense nas suas cenas. Extrai dos atores, uma atuação crível e por vezes, emocionante. Seja no zoom in no rosto de Alan Rickman, ou no close do policial amigo de John Mclane, são tomadas que extraem emoção dos personagens - e isso dentro de um filme de ação explosivo. O roteiro, mais enxuto, impossível. Sem meias voltas, vai direto ao que interessa. Nenhum diálogo é desperdiçado, nenhuma trama é artificial. Tudo tem sua função de ser e utilidade. Até o que a gente menos espera, como a atitude do motorista da limousine. O elenco está incrível, em especial, a pequena, mas excelente participação de Hart Bochner. Os cenários são verdadeiros labirintos e têm o cuidado de serem factíveis, com toda a correria nos andares do prédio. A trilha é envolvente, criativa. A fotografia de Jan De Bont tem a iluminação certa dentro de cenários fechados, às vezes iluminando bem, outras, sujando a cena com o escuro. O ambiente interno de um prédio que ele cria é fantástico. É um filme que dever ser visto e lamento não ter assistido-o anteriormente.
Blue Thunder (1983)
Imperdível, nostálgico, impecável!
Filmaço de ação, daqueles que dão um gosto de quero mais. Graças à direção inspirada de John Badhan e à montagem precisa, indicada ao Oscar, o filme adquire um ritmo impressionante. O roteiro contém artifícios que ajudam a história, mas esses, cabem perfeitamente bem no andamento do enredo. Diferente de outras produções onde situações improváveis são colocadas para que a engrenagem do roteiro funcione. Roy Scheider convence como herói de ação que busca justiça e Malcolm Macdowel capricha mais uma vez na composição de um vilão. A concepção do tal Trovão Azul é u achado. O objeto surge como um monstro a assolar a cidade, nada mais que uma metáfora para o poder avassalador que a corrupção tem sobre a população. As batalhas aéreas ganham força com a montagem, e simbolizam mais ainda o poder bélico que emana sobre as cabeças das pessoas. Com memórias que remetem à Guerra do Vietnam, o protagonista tem pesadelos com vôos, mas é nessa atividade que ele busca sua redenção. Toda a sua força traduz-se nas hélices de seu novo transporte: a vingança de um velho soldado, a reconciliação com a namorada, a busca pela justiça. Imperdível, nostálgico, impecável!
Like Minds (2006)
É um filme para ser visto com atenção.
Um suspense psicologicamente complicado, MENTES DIABÓLICAS abusa da subjetividade para respaldar seus argumentos. Há uma homoafetividade entre os dois protagonistas que fica claro na referência do caso sexual que um deles tem com a própria mãe. Se realmente houvesse algum afeto sexual entre os dois garotos, a história seria mais fácil de ser aceita. Na subjetividade e no imbróglio da história dos templários, o filme se esvai na mente do público. Intencional ou não, é uma opção do diretor. O roteiro se arma de estereótipos para compor cenário e personagens: o garoto estranho obcecado pela morte, o outro garoto rico super-dotado que gosta de desafiar policiais para sentir-se superior, uma sociedade secreta envolvendo diretor de escola, policiais e ancestrais. Está tudo ali, como manda o figurino, mas a história prende a atenção por causa do jogo psicológico que o diretor monta com o espectador. O ator Eddie Redmayne, em sua estreia, está em um bom desempenho, mesmo que , infelizmente, o roteiro não abra espaço para mostrar sua versatilidade. Ele está bom, mas passa o filme todo com a aquela única expressão. A trilha sonora cria um bom ambiente para o filme, no tom certo, dando mais clima de terror. A fotografia também, igualmente fria e sombria ajuda na ambientalização. É um filme para ser visto com atenção.
That Thing You Do! (1996)
É um filme gracioso, simpático
Tom Hanks faz uma estreia decente como director. Seu trabalho pode não ser inovador, mas consegue conduzir a história com charisma e graça. O roteiro escrito por ele limita-se apenas ao histórico da banda não alçando vôos maiores, não criando outros conflitos que pudessem dar mais substância ao filme, como acontece no superior QUASE FAMOSOS. Tom Everett Scott, em sua primeira atuação no cinema, é uma revelação e está tão bem quanto o resto do elenco que mantém a harmonia do filme sempre em alta. Toda a parte técnica é competente: o cenário nos remete à nostalgia dos anos 60; os figurinos são elegantes. Apenas a trilha de Howard Shore que fica um tanto apagada, devido à presença forte das ótimas canções que pontuam o filme. Por falar em canções, a música que também dá o título ao filme, "That thing you do" é uma delícia de ouvir e em nenhum momento cansa. É um filme gracioso, simpático.
My Mom's New Boyfriend (2008)
Poderia ser melhor? Sim, poderia... nas mãos de um Doug Liman, quem sabe...
É um filme raquítico. Ao optar somente pela comédia, o diretor não explora outras vertentes que o filme poderia ter. O plot do filme é interessante e garante uma comédia de costumes decente. Mas ao envolver o FBI e roubo, o diretor poderia ser um pouco mais ambicioso e fazer um filme mais caprichado, recheado. O fato de ignorar o lado sério da história, também causa situações improváveis, como é o caso do jantar num antro de bandidos. Dá pra rir com algumas piadas e até mesmo o tempo, passa rápido. Outro problema grave do roteiro é que com um interessante argumento em mãos, dispensa a inteligência e opta por situações óbvias demais, apelando para clichês e lugares comuns. O elenco é um trabalho de esforço coletivo. Meg Ryan se esforça para ser engraçada, Banderas se esforça para ser sensual, Colin Hanks se esforça para ser um policial. No fim, todos fazem o que podem. A trilha sonora e a montagem estão ali para nos dizer o tempo todo que estamos diante de uma comédia com passagens estilizadas de uma cena para outra e uma trilha que se acha divertida. Poderia ser melhor? Sim, poderia... nas mãos de um Doug Liman, quem sabe...
National Treasure: Book of Secrets (2007)
é um filme que não ofende, mas que deixa a desejar como cinema.
Esse filme é uma "Sessão da Tarde" de luxo. É uma aventura escapista, com as obrigatórias "reviravoltas" e as perseguições necessárias. O grande problema do filme é que todos seus elementos o tornam ridículo. A começar pela direção de Jon Turteltaub. Mesmo que tenha ritmo para as cenas de ação e aventura, é um diretor que não tem timing cômico, nem dramático que a cenas exigem. A discussão entre Nicolas cage e Diane Kruger no Palácio de Buckingham é, no mínimo, constrangedora, de tão mal dirigida e escrita. E aí está o maior problema de todos: o roteiro. Com desculpas péssimas, para o enredo do filme, como a separação do casal, o caso de Diane com um feioso da Casa Branca, a relação entre os pais de Nicolas Cage, a super-inteligência do protagonista,entre outros, são todos artifícios imperdoáveis, que por mais que ajudem na engrenagem do roteiro, como cinema, fica muito a desejar. Sim, é um filme dirigido para o público infanto-juvenil, mas um pouco de respeito para com o grandinhos seria bom. O roteiro ainda tenta explicar seus furos, colocando perguntas nos diálogos sobre determinadas situações, transformando o que era um furo esquecível, num rombo imperdoável. O elenco é um exagero. Todos esses atores consagrados estão ali mesmo, só para o luxo do filme. Eles tem funções importantes, mas com um pouco mais de inteligência, seriam descartados. No geral, é um filme que não ofende, dá pra assistir sem passar nervoso, mas que deixa a desejar como cinema, isso deixa.
Nordwand (2008)
esse filme é capaz de agradar a qualquer um, goste de aventuras ou não
São poucos os filmes sobre alpinismo que conseguem passar tanta realidade e drama com FACE NORTE. Para seu primeiro trabalho, o diretor retrata uma história real impressionante e a torna emocionante do início ao fim. As paisagens ajudam na direção de fotografia e rende imagens belíssimas pontuadas por montanhas, campos, nuvens e rochas. Outro destaque fica para a montagem que, precisamente, cria uma sequência de imagens precisas e fundamentais. O ponto forte do filme é não se ater somente ao drama dos alpinistas e sim, colocar outros conflitos externos ao esporte, sendo que o equilíbrio entre todos os dramas apresentados é perfeito. Com a ajuda de bons coadjuvantes, excelentes tomadas aéreas e uma trilha realmente presente, esse filme é capaz de agradar a qualquer um, goste de aventuras ou não.
Above the Law (1988)
ignora-se a lógica e passa a sensação do improvável
Policiais corruptos, máfia, drama familiar e a música típica dos anos 80. Todos esses elementos estão incluídos no filme, e isso lhe dá um certo charme que os filmes de ação tinham na época. É o filme de estréia de Steven Segal e ele esbanja o charme que renderia seu sucesso nos anos seguintes. A direção de Andrew Davis assegura uma ação correta, pontual e de fácil aceitação. O que intriga mesmo no filme, é seu roteiro. Juntando elementos que facilitam o andar das coisas em determinadas situações, ignora-se a lógica e passa a sensação do improvável, que tudo aquilo ali é forçado, que "só acontece nos filmes". Sem contar os clichês que transbordam cada fotograma. Mas o filme em si, não é ruim. É saudosista com aquela trilha típica dos anos 80 com aqueles toques eletrônicos. Tem Steven Segal, Pam Grier e Sharon Stone. Merece ser visto.